ARTEIMBRÓGLIO: A LOUCURA DA RELAÇÃO DA ARTE COM A LOUCURA.

Felizmente, na época de Nietzsche e de Sartre não existia Rivotril. Caso contrário, ambos não teriam escrito o que escreveram.
Ambos eram pirados de carteirinha, mas na Filosofia pouco importa se o sujeito tem o telhado corrido ou não; o que vale é a produção.
Já na Arte as coisas não se passam assim.
Para o escultor e pintor francês Jean Dubuffet, por exemplo, a arte produzida pelos lunáticos internados em hospitais psiquiátricos é a arte pura, já que não foi contaminada pela cultura.
Entretanto, para inúmeros intelectuais, como o crítico e ensaísta Camilo Osório, não existe obra de arte sem consciência e intencionalidade.
Nessa perspectiva, uma pintura de Fernando Diniz ou mesmo o manto de Arthur Bispo do Rosário não são objetos artísticos.
Esse arteimbróglio já vem de longa data e tudo indica que ainda vai longe, caso ninguém demonstre claramente que tudo não passa de uma armação filosófica de muito mau gosto, contra a liberdade e a Arte.

Imagem abaixo: "O manto" - Arthur Bispo do Rosário